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Bastidores de um Webinar Inquieto

Bastidores de um Webinar Inquieto
Renata Almeida
mai. 16 - 4 min de leitura
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O que tenho a dizer aos outros inquietos.

Vou te contar um segredo (shhhhhh...)

Caro leitor, sabe esses painéis com vários profissionais dialogando e debatendo? Lindo de ver, né? Teoricamente é um monte de gente que não se conhece, com pontos de vista diferentes, enriquecendo uma conversa.

Bom, até é um monte de gente que não se conhece (ou se conhece um pouquinho) mas, nos bastidores dessas conversas / bate-papos (ou qualquer nome bonitinho que tenha para dar), a gente troca algumas figurinhas sim! Até para garantir que não vai ter gente se atropelando com perguntas sobrepostas ou para construírem linhas de raciocínio que levem direto ao ponto do debate, e garantir (tentar, na verdade – nunca dá pra garantir, né?) que não vai ter ninguém “voando”.

Já estou me acostumando com esses formatos, que começaram a fazer parte do meu trabalho desde o Encontro de RH aqui na minha cidade em 2019.

Nessa semana (12-Mai-2020) fui convidada a participar como Especialista sobre Carreira e Futuro do Trabalho com uma turma de feras (sério gente, feras!!) quando o tema é Inovação e Inquietação (e provocações para refletirmos) – a final, estou estudando o tema há 2 anos e inclusive cientificamente, naquelas bases teóricas (raiz) científicas do Brasil e do Mundo.

Do alinhamento prévio, cada um dos 3 outros participantes me trouxeram 5 perguntas – e vou falar, deu medo (lembra, disse que os caras são feeeeeeeras!!).

Eis o que escrevi (mas não mandei) para eles a partir do que me “perguntaram”.

Carta aberta aos inquietos

Queridos colegas inquietos,

Quanta inquietação ao explorar o futuro das profissões [em um futuro que já começou].

Se hoje já vimos uma vastidão de pessoas sem ocupação [moradores de rua – mesmo em cidades mais avançadas], o que será da massa de trabalhadores que não tem qualquer acesso à tecnologia? Quais políticas públicas devem ser tomadas? Qual o papel da liderança? Qual será nosso papel individual nessa transformação da cultura global em relação ao trabalho?

Digo desde já que eu mesma há dois anos estudando e refletindo sobre o tema continuo vendo mais interrogações do que exclamações [ou pontos finais].

Para contextualizar a todos, vale a reflexão de qual é o “pano de fundo” que estamos vivendo – o da 4ª Revolução Industrial ou o da Indústria 4.0.

Esse termo, que tem sido utilizado desde 2011 (a partir de um fórum de tecnologia em Hannover, na Suíça), considera basicamente que temos em nosso contingente de trabalho a Inteligência Artificial – ou seja, o trabalho humano aliado à IA.

A grande diferença das demais revoluções está no termo “inteligência”, que está relacionado diretamente à “cognição”. Competência exclusivamente humana [até agora].

Ou seja, antes, por exemplo, no processo de industrialização, o contingente de trabalho migrou do campo para as cidades ainda oferecendo trabalho braçal. Agora, meus amigos, o desafio é nos mantermos relevantes quando comparados com a realidade dos avanços da tecnologia. Quer vendedor melhor do que a internet, que já te apresenta os produtos que você está pensando em comprar?

Bom, os principais autores falam da grande ruptura para a força de trabalho. Mas acho que precisamos ser cautelosos – as mesmas previsões apocalípticas também foram feitas quando surgiu o e-mail e olhem bem aonde viemos parar! Mas, é preciso sim nos preocuparmos com a requalificação (re-skilling) dos profissionais e com o up-skilling principalmente.

No meio do caminho, algumas rupturas na forma como encaramos o trabalho. Precisamos rever conceitos profundos, desde a educação, passando por liderança, diversidade e até a relevância de nosso trabalho.

A grande pergunta, caros inquietos, é: como podemos ser agentes de transformação nesse mercado?

 

 


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