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Flexibilidade cognitiva e o futuro do trabalho

Flexibilidade cognitiva e o futuro do trabalho
Marcos Daniel Goes
ago. 7 - 3 min de leitura
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Hoje a tarde em determinada parte de uma reunião, começamos a falar de pessoas que facilmente trocam de "chapéu" diversas vezes durante um dia, quando cada situação exige uma postura ou um olhar diferente. E como isso é cada vez mais exigido de todos nós? Temos que ser estratégicos, táticos e operacionais, criativos, pragmáticos, executores, entre tantos outros papéis em diversos desafios do dia a dia. Ou não? Quem aí é estratégico o tempo todo?

Bom, quando eu lembro de pessoas plurais vejo nitidamente pessoas que conseguem transitar em diferentes áreas de conhecimento como se estivessem dançando em uma sinfonia. Do design a engenharia, do papel A para o papel B, daquelas que juntam vários pedacinhos espalhados que as pessoas deixam por aí e criam coisas jamais vistas. Refleti que isso não é tão muito comum de se ver nas empresas que dão o palco perfeito para o reforço em crenças de modelos existentes e visões limitadas em busca do poder. Cenário visto em muitos lugares e claro que dentro do normal das maiores geradoras de empregos do país. Quem aí já não se pegou acreditando de forma convicta sobre suas qualidades e defeitos determinados pelo chefe, pelo cargo, pela formação ou até por você mesmo?

Logo associei essa capacidade com a flexibilidade cognitiva. Na literatura de Cañas, Quesada, Antoli e Fajardo (2003) em "Cognitive Flexibility and the development and the use of strategies for solving complex dynamic problems",  podemos entender que flexibilidade cognitiva é como uma função mental que permite mudar estratégias, alterar cenários mentais, especialmente os envolvidos na solução de problemas. É a capacidade de adaptação de estratégias do processo cognitivo face a novas e inesperadas condições ambientais.

Em uma época cada vez mais VUCA, (volátil, incerto, complexo e ambíguo) é certo que essa capacidade é necessária para realizar coisas incríveis.

E o que isso tem a ver com o futuro do trabalho? Por que isso passa a ser tão relevante em nossas rotinas? 

Eu poderia trazer aqui uma série de motivos, mas vou deixar o vídeo do Daniel Levy que tive o prazer de conhecer em uma daquelas reuniões (rotina) com pauta cheia de crenças limitantes, mas que foram desafiadas numa experiência que me levou para aquele caminho que faz com que todos os dias eu sinta frio na barriga junto com orgulho, simplesmente por ser EU e a minha flexibilidade cognitiva que eu jamais saberia que tinha.


***Visitei e editei esse texto nesse momento de pandemia com a COVID-19 para refletir o quanto esse tema é fundamental, atualmente, durante o isolamento social que estamos vivendo. Se de fato o futuro do trabalho está chegando é possível ter algumas percepções controversas, mas que a flexibilidade cognitiva é necessária para que a gente possa preservar a nossa saúde, isso eu acredito que não há mais discussões. 

**** Infelizmente depois da reunião que gerou esse texto tive poucas outras interações com o Daniel e estou muito curioso de voltar a ouvi-lo sobre tudo isso. Quem sabe em pouco tempo!

Marcos Daniel Goes
 

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