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Sustentabilidade e inovação são inseparáveis, só você não viu isso ainda!

Sustentabilidade e inovação são inseparáveis, só você não viu isso ainda!
Leo Tostes
jul. 22 - 4 min de leitura
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Ano passado, estive por dois dias fazendo uma imersão em São Paulo para conhecer mais a cena de impacto socioambiental. Parando num primeiro momento para refletir sobre o tema cheguei a mais simples conclusão: Inovação e sustentabilidade são muito mais parecidos em seus desafios e oportunidades do que eu imaginava.

Talvez o ponto de contato mais obvio é que ambos os temas são de grande importância para a sociedade e para as organizações. Sem inovação as empresas perdem competitividade e passam a viver numa condição de risco de sobrevivência, pelo mesmo caminho, empresas que não investem em sustentabilidade em todos os seus três pilares estão colocando seu lucro de curto prazo acima da sobrevivência de longo prazo, se focando apenas em produção e venda e não no equilíbrio do planeta e da sociedade que as sustenta.

Na mesma linha, ambos os temas tendem a mover pessoas para suas causas, e comumente formam indivíduos apaixonados e motivados a transformarem o mundo a sua volta. Não precisamos nem dizer o impacto que causam na cultura dessas organizações. É até fácil encontrar grupos de voluntários se auto organizando sem controle de gestores e atuando com o nome da empresa em contra turnos e finais de semana. Na mesma linha é fácil encontrar entusiastas de inovação se envolvendo em atividades como hackathons, palestras e oficinas, algumas vezes falando em nome das suas empresas sem terem sido empoderados por isso. Gente apaixonada em busca de reconhecimento pelas suas ações para conseguir mais espaço para fazer mais.

Mas talvez o ponto mais comum e triste é que estimular essas áreas necessitam de uma energia brutal, muito vontade e conexões fortes. Ambas requerem um longo e cansativo processo de convencimento, de ações as vezes subversivas, muitas vezes necessitando primeiro se provar antes de conseguir algum budget para investir adequadamente, sem contar o esforço de alguns indivíduos claramente inovadores e inquietos, que atuam fora do seu horário de trabalho, em prol de um causa que irá potencializar a empresa e não são reconhecidos por isso. 

As áreas de RSE das grandes organizações, lutam para não serem apenas ferramentas de branding e vendas e sim de posicionamento de claros valores sustentáveis de mercado. Uma luta quase sempre perdida pela falta de visão de muitos gestores com foco em curto prazo ou com a completa falta de percepção das suas responsabilidades para com o mundo e a sociedade. Essas áreas no entanto já estão bem consolidadas globalmente e sua demanda é obvia frente aos desafios econômicos, sociais e ambientais que temos hoje e a nossa frente.

Já a inovação tem ganho mais espaço porque afeta diretamente o negócio, mas também é combatida de dentro por áreas ignorantes à sua importância, por pessoas que não compreendem que a inovação é essencial já no curto prazo, e que o risco de dar errado é algo que precisa ser considerado desde já antes que o espaço para o risco seja inexistente.

No coração da sustentabilidade habita a inovação, a força motriz que permite metas audaciosas de serem vencidas de formas nunca antes pensadas, que oferece o desafio que pessoas engajadas nessas causas buscam para se desenvolverem e causarem impacto. E nesse sentido, não faz diferença qual o pilar da sustentabilidade estamos considerando, certamente a organização que deseja pensar ecologicamente sua estratégia certamente terá de criar uma visão coletiva e construir ações da qual ela como empresa não foi criada para resolver, isso quer dizer, terá de inovar se quiser alcançar seus objetivos.

Então, a sustentabilidade e a inovação são partes inseparáveis de um todo que transformará as organizações, e por isso mesmo, não deveriam ser tratados de forma separadas, ou quando muito, não deveriam de forma alguma serem distantes.

Se sabemos da importância das duas áreas, sabemos do impacto que ambas causam na sustentabilidade do negócio no longo prazo, porque elas continuam a sofrer para se desenvolverem?

E você inquieto, o que pode fazer para mudar esse cenário e gerar mais inovações e impacto positivo no negócio, no meio ambiente e na sociedade?

 

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